XXXV Festival Internacional de Folclore - Vila Nova de Sande 2016

No passado dia 23 de Julho de 2016, o Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande realizou o seu XXXV Festival Internacional de Folclore - Vila Nova de Sande 2016.
Pelas 17:30 horas, os grupos participantes e convidados chegaram a Vila Nova de Sande, a fim de desfrutar da estadia de algumas horas numa localidade, em que por um dia, respirava folclore.
Às 18:15 realizou-se a Receção Oficial no Auditório do Centro Social de Vila Nova de Sande. A cerimónia iniciou com algumas palavras de boas-vindas por parte de Sandra Martins, Presidente do Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande. Para além das representações dos grupos participantes no festival, também marcaram presença algumas entidades convidadas, entre as quais: Antony Rodrigues (Presidente do Centro Social de Vila Nova de Sande); Bruno Falcão (Presidente da União de Freguesias de Sande Vila Nova e Sande S.Clemente); Manuel Ribeiro (representante da Assembleia de Freguesia de Sande Vila Nova e Sande S.Clemente); Ana Machado (Vice-Presidente da Associação de Folclore e Etnografia de Guimarães); António Leite (representante da Federação do Folclore Português e membro do Conselho Técnico da Região Baixo Minho Ave); Carlos Oliveira (Adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães); e mais tarde juntou-se a presença do Professor Artur Monteiro (Diretor do Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso) . Após  o gesto de troca de lembranças, as entidades presentes pronunciaram algumas palavras; todos eles felicitaram e saudaram os grupos participantes e referiram a importância do Festival Internacional de Folclore de Vila Nova de Sande, como sendo um dos maiores eventos culturais do género no concelho de Guimarães.
Após o Jantar Convívio, realizou-se um pequeno desfile dos grupos com uma breve passagem pelo palco.
Seguiu-se a Cerimónia de Abertura, onde se entoaram os Hinos Oficiais dos 3 países participantes no Festival (Costa Rica, África do Sul e Portugal), e depois concretizou-se uma pequena homenagem ao 35º Aniversário do Festival Internacional de Folclore de Vila Nova de Sande, onde para além de desfilarem as bandeiras dos 30 países que já participaram no festival ao longo dos anos, também se abordou a importância do folclore em prol da união de culturas a nível mundial, cultivando especiais valores humanos, tais como a fraternidade e o amor.
Logo após, iniciou-se as atuações dos grupos participantes, pela ordem seguinte:
1º - Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande (grupo anfitrião e organizador);
2º - Rancho Folclórico do Carregado, Alenquer;
3º - Compañia Folclore e Matambu, Costa Rica;
4º - Grupo Etnográfico de Lorvão, Penacova;
5º - Grupo de Danças e Cantares de S.Pedro de Maceda, Ovar;
6º - Rancho de Santo André de Vila Boa de Quires, Marco de Canaveses;
7º - Themba Njilo Foundation South African Folklore Dance Ensemble, África do Sul.
Após a conclusão da 35ª Edição do Festival Internacional de Folclore de Vila Nova de Sande, o grupo organizador faz um balanço positivo pelo sucesso que o evento obteve.
A cada ano que passa, esta manifestação cultural ganha cada vez mais mediatismo, tornando-se progressivamente, um acontecimento de referência, dentro dos festivais de folclore, pela qualidade que o caracteriza. 
Tudo isto é possível, graças à excelente capacidade da organização; estão de parabéns todos os elementos do Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande, pelo trabalho desenvolvido, bem como todo o apoio que têm, a vários níveis, para que todos os anos este projeto seja possível.
Viva o Folclore!

Todas as fotos do evento na Página Oficial do Facebook (clique aqui)

CARTAZ OFICIAL


Logotipo Oficial

Grupos Participantes



Países Estrangeiros Participantes

"COMPAÑIA FOLCLORE E MATAMBÚ"
Costa Rica

O grupo foi fundado em Outubro de 2003 e representa as suas tradições de danças indígenas ancestrais. As suas demonstrações procuram divulgar as danças tradicionais dos antepassados costarriquenhos. Embora a maioria das danças deste grupo sejam festivas e divertidas, elas também revelam a história do passado da Costa Rica e ajudam a preservar o património cultural.
O Grupo de Dança Folclórica Matambú participa em diversos eventos no seu país e tem divulgado o seu trabalho também além fronteiras, participando em festivais internacionais realizados em vários pontos do mundo.




 "THEMBA NJILO FOUNDATION SOUTH AFRICAN FOLKLORE DANCE ENSEMBLE"
África do Sul

A Fundação "Themba Njilo" empenha-se em impulsionar o desenvolvimento social e cultural de órfãos e crianças vulneráveis. Procura desenvolver projetos, com estas crianças e jovens, que envolvam arte, cultura, programas de bolsas de estudo, assistência comunitária e segurança social, A Fundação dá apoio ao desenvolvimento comunitário, mulheres e crianças que vivem com deficiência, desenvolvimento na primeira infância, educação , ajuda de emergência, integração de ex-reclusos, ambiente, saúde, doentes com HIV / AIDS, combatentes veteranos, política e defesa, abuso de substâncias, meios de vida sustentáveis para elevar os valores morais das comunidades rurais, etc.
Themba Njilo, é um dos homens de negócios da África do Sul, ativista num movimento de libertação, excelente político, muito social e com uma grande capacidade de liderança. Foi um grande impulsionador na luta revolucionária para derrubar o regime do "apartheid" na África do Sul e contribuiu para uma comunidade unida, democrática e não racial na África do Sul.
Foi desta Fundação que surgiu este grupo de dança folclórica sul africana, num projeto de desenvolvimento cultural e consequentemente social de jovens carenciados e vulneráveis.



GRUPOS NACIONAIS



GRUPO FOLCLÓRICO DO CENTRO SOCIAL DE VILA NOVA DE SANDE
Guimarães

O Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande – Guimarães foi fundado em 05 de Junho de 1978, sendo um dos grupos do concelho de Guimarães mais consagrados, pela forma simples e fiel com que retrata o passado, os seus usos e costumes, ou seja as suas tradições, fazendo-o sempre com o máximo respeito pelas mesmas.
É um grupo que investiu bastante na recolha de factos relacionados com as vivências do Povo de Vila Nova de Sande, registando-os e preservando-os de forma a que hoje possa divulgá-los pelo País e no Estrangeiro.
Tem pugnado pelo Folclore de raíz da sua região, quer nos trajes, nas danças, nos cantares e nas músicas, tendo-se afirmado como um dos verdadeiros intérpretes do Folclore da região do Baixo Minho.
Percorreu o País de Norte a Sul, actuando nos melhores Festivais levados a cabo a nível nacional, como por exemplo o Festival Nacional de Folclore do Algarve em 1986 e em 1996, actuando também na bela ilha da Madeira; no estrangeiro teve oportunidade de actuar em vários países, como por exemplo Espanha (Barcelona e Galiza), França (Norte e Centro), Mónaco, Viena Áustria, Alemanha (Dortmund), Hungria (Debrecen) e Brasil (Várias cidades do Rio Grande do Sul).
Organiza anualmente um Festival Internacional de Folclore e participou em diversas exposições de trajes a nível nacional.
Os trajes que retrata são: noivos, luxo, domingueiro, namorados, feira, leiteira e ainda de trabalho erva e linho.
É membro efectivo da Federação do Folclore Português e da Associação de Folclore e Etnografia de Guimarães e está inscrito no Inatel.
Efectuou várias gravações e actuações para a RTP1, RTP Internacional, Rádio e Televisão dos Países Baixos, Televisão Húngara e Televisão RGS Brasil.



RANCHO FOLCLÓRICO DO CARREGADO
Alenquer

O Rancho Folclórico do Carregado foi fundado a 24 de junho de 1969 , sendo membro fundador da Federação de Folclore Português.
O Carregado é a maior freguesia do concelho de Alenquer e situa-se numa zona de transição entre o Ribatejo e a Estremadura, por isso, em termos de Folclore, das duas províncias recebe fortes influências. Assim sendo,o Rancho Folclórico do Carregado,tenta ser o mais fiel possível aos costumes,tradições,danças e cantares que lhe chegam,através de pesquisas,daquelas duas províncias.
Relativamente aos trajes que os nossos componentes vestem, retratam os antigos trajes domingueiros ou de passeio,de festa ou romaria e de trabalho em várias actividades,tais como:Ferrador,Almocreve,Lavrador,Cavador, Campino, Valador,Ceifeira,Lavadeira,Leiteira, Aguadeira e outros existentes na região.
Quanto ao seu reportório,é muito rico e variado em danças e cantares,incluindo modas tais como:Fandango,viras,valsas,verde-gaios,fadinhos,bailaricos,
picadinhos,carreirinhas,etc,etc.
O Rancho Folclórico do Carregado tem ao longo dos anos participado nos melhores festivais de folclore de norte a sul de Portugal,tendo feito uma digressão pela Ilha da Madeira e ainda além fronteiras,em França,Espanha e Alemanha.


GRUPO ETNOGRÁFICO DE LORVÃO
Penacova

Em Março de 1989, um grupo de pessoas de Lorvão decidiu começar a ensaiar algumas cantigas tradicionais da terra, bem como outras modinhas da região, com vista a colaborar num sarau cultural a realizar em Maio seguinte, no Salão de Festas da Casa do Povo de Penacova, aquando da visita de alunos da Escola Secundária Alfredo da Silva, do Barreiro, àquela vila, integradas num programa de Intercâmbio entre o referido estabelecimento de ensino e a Escola Secundária de Penacova.
O Grupo – que se intitulava “Grupo de Danças e Cantares de Lorvão” – não obstante ter feito meia dúzia de ensaios, apresentou-se para actuar no referido espectáculo, indo alguns dos seus elementos incipientemente vestidos “à moda antiga” (de Lorvão).
E foi tal o êxito obtido, tanta a receptividade do público – a actuação do Grupo foi considerada como o momento alto do Sarau – que logo surgiu a ideia da fundação de um grupo de Etnografia e Folclore. Deu-se então início a um trabalho entusiástico, mas metódico e persistente, de pesquisa, recolha e estudo e tratamento das tradições, usos, costumes, trajes, danças e cantares, que á sombra do Mosteiro de Lorvão, animavam a vida quotidiana das suas gentes.
Dia a dia, foram aderindo ao Grupo mais elementos, sobretudo da camada mais jovem, espontaneamente e com entusiasmo. Estávamos no caminho certo!
Reconhecida a qualidade do trabalho realizado e que continuava a desenvolver-se, o Grupo foi apadrinhado pela Associação de Pró-Defesa do Mosteiro de Lorvão e, por se enquadrar nos mesmo objectivos, foi nela integrado em Janeiro de 1990, a fim de poder contar com a necessária cobertura legal, além do apoio que lhe era oferecido, mormente no aspecto técnico, através do seu Presidente, Doutor Nélson Correia Borges.
Serve de símbolo ao Grupo Etnográfico de Lorvão (nome adoptado da oficialização do Grupo) um estandarte, representando uma figura extraída de uma iluminura do «Apocalipse de Lorvão», que mostra aspectos de vários trabalhos agrícolas da região onde está inserido o Mosteiro de Lorvão, onde estão bem patentes cenas da vindima, da ceifa e do lagar de azeite. A moldura do estandarte está guarnecida com folhas de louro e palitos, pela intrínseca carga simbólica que encerram.
O Grupo Etnográfico de Lorvão fez a sua primeira apresentação pública em 6 de Maio de 1990.
Das sua actuações pelo país enumeram-se o Festival do COFIT- CIOFF na Ilha Terceira-Açores e nos mais diversos Festivais de Norte a Sul de Portugal. Além fronteiras nomeiam-se várias Províncias de Espanha, o Festival Internacional do CIOFF «La Laguna y las ciudades del Mundo» em Tenerife – Ilhas Canárias, Suíça e Brasil, de referir ainda vários programas televisivos gravados nas três emissoras nacionais.
O repertório compõe-se de danças e cantares recolhidas na Vila de Lorvão e serras de Aveleira, Roxo, Paradela e S. Mamede. Apresenta trajos dos finais de séc. XVIII - Criados do Convento, Devotos do Senhor dos Passos, Noivos, Paliteira de meados de séc.XVIII, Recoveira; Vendedor de Palitos; Ver-a-Deus, Meia-Senhora - e trajos do final de séc. XIX como Paliteiras, Trabalhos Agrícolas, Romeiros; Feirantes,...
A Arte de Fazer é uma das prioridades de preservação deste Grupo. O Toque é constituído por instrumentos Tradicionais, nomeadamente: A Viola Toeira, Cavaquinhos, Bandolim Português, Violões, Pandeiro e Ferrinhos. Os viras; os verdegaios, o malhão de Lorvão e outras, são as modas alegres e vivas que este grupo apresenta.
O Grupo Etnográfico de Lorvão é membro efectivo Federação do Folclore Português, da Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego e do INATEL. Em Junho de 99 editou o seu primeiro trabalho discográfico denominado “LAURIBANO”, que quer dizer no latim medieval , loureiro oco, nome que deu origem a Lorvão.
É Coorganizador do “Festitradições de Povos do Mundo” Galas Internacionais de Folclore e Artes Tradicionais, Festival do CIOFF.


GRUPO DE DANÇAS E CANTARES DE SÃO PEDRO DE MACEDA
Ovar





RANCHO DE SANTO ANDRÉ DE VILA BOA DE QUIRES
Marco de Canaveses


Vila Boa de Quires, está inserida na Região Entre Douro e Minho, a norte do Concelho de Marco de Canaveses e na margem direita do Rio Tãmega, onde se situa este Rancho Folclórico criado para recolher, preservar e divulgar a tradição popular herdada dos seus antepassados, tem procurado, desde o início, manter-se fiel ao ideal que norteou os seus fundadores – a autenticidade das recolhas e seriedade do espectáculo por si proporcionado. O seu primeiro ensaio, realizou-se a 29 de Junho de 1998 e sua primeira actuação, efectuou-se cerca de dois meses depois (04 de Agosto), na Exposição de Artesanato, realizada em Vila Boa de Quires, aquando da inauguração do “ Repositório de Arte Popular”.
O grande impulsionador para a criação deste Rancho Folclórico, foi o Padre José António de Sousa Barros, Pároco da freguesia, pois para além do objectivo da preservação e divulgação das suas raízes, este Rancho Folclórico tinha como missão ocupar as crianças da freguesia nos seus tempos livres e incutir neles as vivências dos seus antepassados, o que ainda hoje a Direcção tenta manter.
Dado o êxito alcançado nas suas primeiras actuações, os incentivos foram inúmeros, pelo que, com coragem, determinação e poder de iniciativa nasceu a “ Associação Cultural e Recreativa de Stº André de Vila Boa de Quires”, Stº André, é o nome escolhido pelo facto de aquele Santo ser o Padroeiro da Paróquia de Vila Boa de Quires (Antiquíssimo concelho de “ Portocarreiro”), o principal objectivo desta Associação, é a Preservação e Divulgação do Folclore da Região na qual se encontra inserido e levar os seus usos e costumes a terras mais longínquas.
Alguns elementos procuram recriar figuras do passado que desapareceram ou estão em vias de tal, assim como, os Aguadeiros que percorriam diversas regiões onde existiam festas e romarias a vender a Água Doce, as Sardinheiras que vendiam Peixe porta a porta na freguesia, as galinheiras, a Oveira que recolhia os ovos que depois iriam dar lugar aos tão famosos doces como são o exemplo as cavacas e o pão-de-ló, e os chapeleiros dos nossos tão famosos chapéus de palha.
A tocata deste grupo caracteriza-se pela sua juventude, pois é constituída maioritariamente por gente jovem, e arranca as suas velhas melodias de instrumentos característicos do tempo e da região: Concertinas, Acordeões, Violas, Cavaquinhos, Bombo e Ferrinhos.
As danças são numerosas mas destacam-se a tão famosa Chula que dava para antigamente presentear alguns proprietários de casas ricas de Vila Boa de Quires, assim como, uma dança de salão que é designada como a Quadrilha e também os ditos Fados dançados. Temos também as danças das romarias como, o Malhão, Cana Verde, o Verdegar, a Rusga, o Iscote, Alargai-vos raparigas, a Prima ò Rica Prima, o Regadinho, o Senhor da Pedra, o Fado de Rusga um regalo de junção de Ritimo e Coreografia.
Durante os seus anos de existência o Rancho de Santo André de Vila Boa de Quires organiza anualmente no mês de Agosto o seu Festival Nacional e Internacional de Folclore, e já participou em diversos eventos, salientando-se uma actuação para o então Presidente da República de Portugal, Dr. Jorge Sampaio aquando da visita a Marco de Canaveses em 2005, participou em diversas festas e nomeadamente em Festivais Nacionais e Internacionais de Folclore do Norte ao Sul do País, tendo também se deslocado ao Arquipélago da Madeira, onde actuou em diversos festivais, destacando-se o Festival Internacional da Cidade do Funchal – Ilha da Madeira. Como património este Rancho Folclórico conta com um palco para realizações de eventos e a sua Sede, onde tentamos recriar um espaço onde fossem demonstrados os usos e costumes dos nossos antepassados, um verdadeiro repositório de arte popular, onde já actuamos em directo para o programa “Portugal no Coração” da RTP.







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